Educação

Modernidade, cooperação, igualdade: Isso é Finlândia

Sempre nas primeiras posições do Pisa, avaliação internacional que mede o nível educacional de jovens de 15 anos nos países-membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Finlândia é uma das maiores referências mundiais. A educação é muito valorizada e os estudantes são motivados o tempo todo a estarem na escola.

 

O primeiro ponto a ser observado e que mais chama a atenção é relacionado à sua estrutura física. O ambiente proporciona a aprendizagem. A divisão das matérias é feita em um ensino baseado em projetos onde os alunos possuem matérias multidisciplinares e tem a oportunidade de sair daquela visão de expectador e serem protagonistas da aprendizagem.  Os projetos são centrados na produção de conhecimento do próprio aluno e o professor fica com a função de mediador na sala de aula, direcionando os objetivos e metas a serem alcançadas em cada projeto e fazendo intervenções quando necessário.

 

Aquela visão do professor detentor de todo o conhecimento dá espaço para um aprendizado colaborativo onde alunos e professores contribuem para o ensino. Os diferentes ambientes proporcionam uma perspectiva de modernidade, mas também auxiliam na parte pedagógica, pois as pessoas aprendem de formas diferentes e isso faz toda a diferença quando estamos falando no processo de ensino-aprendizagem. Alguns gostam de música, vídeos, outros de escrever, pintar, jogar e ainda assim aqueles que preferem a tradicional aula expositiva.

 

A principal diferença desse modelo e o modelo brasileiro é que na maioria das escolas o professor prepara todo o material, faz uma aula expositiva e corrige exercícios, sem muita participação do aluno. O que as escolas propõem na Finlândia é a adaptação dessas metodologias participativas em um só lugar, de forma que todos avancem motivados e que esse sentimento seja multiplicado por todos na busca por uma educação cooperativa, igualitária e de qualidade, ou seja, podemos ver a grande diferença entre professor ministrador e professor educador, sendo este último o que move a educação finlandesa.

Lucilia Notaroberto
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